tanto nos parece existir enquanto caminhamos.
cada decisão de pensar, falar, e agir.
é um novo caminho.
tal qual o não pensar, não falar e não agir.
enxergamos muito pouco para conduzirmos uns aos outros
assim seguimos, trombando.
em nós mesmos
tropeçamos nos nossos medos
nas nossas falhas
na superficialidade etérea, pesada, do nosso ego
o véu da vaidade que nos veta a visão
e nos impede de ver o semelhante tal qual o é
semelhante
nos impede de amar, de compreender, de perdoar.
nos vícios, a alma mantemos presos
preguiça, luxúria.
é no piscar das luzes e no embalo da batida
na noite que começa prometendo desmandos
que deixamos para a ressaca, para os valores, o depois.
no caixa dois da nossa consciência depositamos o desvairo
da cachaça, da mulherada, e da porta aberta
e assim seguimos, reclamando da sorte
a punição de quem se apega ao efêmero é a sua destruição
juventude, energia, beleza.
passa
e quem construiu castelos de areia haverá de amargar quando a maré subir
Um comentário:
Saudade
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